Em 24 de novembro, a Itália anunciou uma significativa mudança em sua política de imigração ao facilitar o acesso a vistos de trabalho para descendentes de italianos que residem fora do país. A medida, implementada sob o governo de Giorgia Meloni, visa enfrentar a escassez de mão de obra em um contexto de envelhecimento populacional acelerado. A nova regra é especialmente relevante para brasileiros, que representam uma parte considerável da diáspora italiana, estimando-se que cerca de 30 milhões de descendentes vivam no Brasil.
O novo canal de vistos não impõe limites numéricos e abrange também descendentes de italianos em outros seis países com laços migratórios históricos, como Argentina e Estados Unidos. Para garantir a concessão do visto, é necessário apresentar documentação que comprove a linhagem familiar, além de uma proposta de emprego de uma empresa italiana. Essa abordagem contrastante em relação às políticas anteriores, que eram mais restritivas, reflete a necessidade urgente do país por profissionais qualificados.
As implicações dessa mudança são amplas, não apenas para os descendentes de italianos, mas também para a economia italiana, que pode se beneficiar da chegada de novos trabalhadores. Além disso, a possibilidade de somar o tempo de trabalho na Itália às contribuições previdenciárias feitas no Brasil é um incentivo adicional para muitos brasileiros. Essa nova estratégia pode revitalizar setores essenciais da economia italiana, ao mesmo tempo em que oferece novas oportunidades para a diáspora italiana.