Yamen Al-Najjar, um adolescente de 16 anos, e sua mãe, Haifa, enfrentam a angustiante realidade de serem deportados de volta a Gaza. Eles estão entre os 89 pacientes que, apesar de ainda necessitarem de tratamento médico, serão enviados de volta a uma região devastada por conflitos e com um sistema de saúde comprometido. A decisão das autoridades israelenses, marcada para a próxima semana, foi recebida com desespero e indignação pela mãe de Yamen, que afirma que isso representa uma ‘sentença de morte’ para seu filho.
A situação em Gaza é crítica, com 94% dos hospitais danificados ou destruídos, segundo a Organização Mundial da Saúde. Muitos dos deportados estão sendo enviados contra sua vontade, pois não há garantias de tratamento adequado em sua terra natal. A mãe de Yamen destaca que seu filho, que sofre de um distúrbio hemorrágico, não sobreviveria por muito tempo em condições precárias, como as que enfrentam os deslocados em Gaza.
Essa deportação levanta sérias questões sobre as obrigações de Israel sob o direito humanitário internacional, que exige que pacientes em tratamento continuem recebendo os cuidados necessários. Organizações como Médicos pelos Direitos Humanos Israel consideram essa tentativa de retorno ‘inaceitável’, enquanto autoridades e médicos clamam por soluções que respeitem a vida e a saúde desses indivíduos vulneráveis. O desdobramento dessa situação poderá afetar não apenas os deportados, mas também a percepção internacional sobre as ações de Israel em relação aos palestinos em situação de vulnerabilidade.


