Indústria de clareamento de pele lucra com legado colonial

Rodrigo Fonseca
Tempo: 2 min.

A indústria de clareamento de pele está em plena ascensão, mesmo com o aumento alarmante de câncer e danos permanentes à pele entre mulheres de cor que utilizam produtos não regulamentados. Apesar dos riscos bem documentados ao longo dos anos, a prática continua a se perpetuar, levantando questionamentos sobre a eficácia da regulamentação e conscientização. O especialista Josh Toussaint-Strauss explora essa questão em um vídeo investigativo que revela a complexa relação entre a beleza e o colonialismo.

O estudo detalha como a indústria da beleza tem utilizado mensagens que refletem classismo e colonialismo para promover produtos de clareamento, impactando severamente a saúde das mulheres que buscam atender a esses padrões de beleza. Esses produtos, muitas vezes acessíveis e sem supervisão adequada, têm contribuído para a crescente incidência de problemas de saúde, especialmente entre mulheres africanas. A análise ainda destaca o legado colonial que molda essa indústria tóxica, perpetuando estigmas sobre a cor da pele e a autoestima das mulheres.

As implicações dessa análise são profundas, revelando a necessidade urgente de uma mudança na forma como a indústria de beleza opera. A crescente conscientização sobre os riscos associados ao clareamento de pele pode impulsionar movimentos por regulamentações mais rigorosas e campanhas de conscientização. Além disso, a discussão em torno da saúde e segurança no uso de produtos de beleza deve ser ampliada, para que as mulheres possam fazer escolhas informadas e seguras.

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