A atividade industrial da China apresentou uma leve recuperação em novembro, mas ainda se encontra em contração pelo oitavo mês consecutivo, conforme dados oficiais divulgados em 30 de novembro de 2025. O índice de gerentes de compras (PMI) da manufatura subiu para 49,2, embora ainda esteja abaixo da linha de 50, indicando que a expansão não foi suficiente. O setor não industrial, por sua vez, enfrenta desafios, com o PMI caindo para 49,5, evidenciando uma desaceleração significativa nos serviços após o fim dos feriados de Golden Week.
No contexto econômico, a indústria chinesa enfrenta pressões externas, especialmente devido aos novos tarifários impostos pelos Estados Unidos desde abril, que impactaram os lucros industriais. Apesar de uma leve melhora na produção industrial e um aumento no otimismo de algumas pequenas empresas, a demanda doméstica ainda é considerada fraca. O setor de serviços e construção também apresentou desaceleração, refletindo a continuidade da crise no mercado imobiliário e a pressão no consumo, que impede uma recuperação mais robusta.
As implicações dessa situação são diversas, pois o governo chinês tem adotado medidas graduais para estimular o consumo e fortalecer a produção tecnológica. No entanto, a decisão de evitar pacotes de estímulos amplos visa manter a meta de crescimento em torno de 5%. O cenário atual levanta preocupações sobre a sustentabilidade da recuperação econômica da China em meio a um ambiente global desafiador e a uma demanda interna em declínio.