O governo da Indonésia revelou um plano ambicioso para abrir 600 mil hectares de terras para o cultivo de óleo de palma, com o intuito de aumentar a produção em 2 milhões de toneladas nos próximos quatro anos. A iniciativa foi anunciada por uma autoridade do Ministério da Agricultura durante uma conferência realizada na ilha de Bali, visando atender às crescentes necessidades alimentares e de biodiesel do país.
Além da expansão, o governo planeja dedicar 400 mil hectares a pequenos agricultores, com uma parte inicial de 200 mil hectares destinada à empresa estatal PalmCo. Apesar da promessa de que a expansão não resultará em desmatamento, ativistas ambientais do Greenpeace levantam sérias preocupações sobre o impacto potencial na floresta e na biodiversidade local, temendo que a limitação de terras não florestais possa levar a danos irreversíveis.
A medida surge após uma moratória de licenças que durou três anos e que visava melhorar a imagem do setor, frequentemente criticado por práticas que levam ao desmatamento. Com a expansão, a Indonésia também planeja aumentar a mistura obrigatória de biodiesel, o que pode restringir a quantidade disponível para exportação, desafiando o equilíbrio entre as necessidades internas e o comércio externo.


