Ad imageAd image

Indígenas mantêm bloqueio de ferrovia da Vale após reunião frustrada

Amanda Rocha
Tempo: 1 min.

Nesta quarta-feira, uma reunião entre representantes dos povos indígenas Tupiniquim e Guarani e representantes da Vale, do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União, da Casa Civil e da Secretaria Estadual de Direitos Humanos não conseguiu encerrar o bloqueio do ramal Aracruz da Estrada de Ferro Vitória a Minas. O bloqueio, que começou em 22 de outubro, já gerou um prejuízo significativo de 100 milhões de reais.

O propósito do encontro era discutir o cumprimento do acordo assinado entre as partes envolvidas, mas a falta de consenso sobre outras questões levantadas pelos indígenas inviabilizou o progresso nas negociações. Até o momento, cerca de 850 milhões de reais foram pagos aos povos Tupiniquim e Guarani como parte da reparação pela tragédia da barragem de Mariana, e o Acordo de Repactuação firmado com a Vale, BHP e Samarco prevê indenizações adicionais.

As comunidades indígenas têm autonomia sobre a aplicação dos recursos recebidos, que devem ser utilizados para ações estruturantes em seus territórios. A continuidade do bloqueio pode agravar ainda mais a situação financeira da Vale e impactar a logística de transporte na região, tornando as negociações futuras ainda mais cruciais para a resolução do impasse.

Compartilhe esta notícia