Viola Kuikuro, de 25 anos, está à frente de uma iniciativa inovadora que combina tecnologia e tradição. Recém-formado, ele pilota um drone sobre a floresta ao redor da sua aldeia, Ipatsé, situada no Território Indígena do Xingu, em Mato Grosso. Este projeto visa capacitar indígenas a usar sensoriamento remoto para descobrir e entender melhor a história de suas civilizações ancestrais na Amazônia.
O treinamento proporcionado por arqueólogos permite que os participantes aprendam a integrar técnicas modernas de mapeamento com práticas arqueológicas tradicionais. O uso de drones é uma ferramenta poderosa que auxilia na visualização de áreas de difícil acesso e na identificação de sítios arqueológicos. Essa abordagem colaborativa ressalta a importância da tecnologia na preservação cultural e no fortalecimento da identidade indígena.
Os desdobramentos desse projeto são significativos, pois não apenas resgatam a história das civilizações amazônicas, mas também promovem a autonomia e o empoderamento dos jovens da comunidade. Ao unirem forças, arqueólogos e indígenas estão criando um modelo sustentável de pesquisa que pode servir de referência para outras regiões. Essa união entre passado e presente promete abrir novos caminhos para a valorização do patrimônio cultural na Amazônia.

