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Indígenas do baixo Tapajós protestam na COP30 em ato de resistência

Fernanda Scano
Tempo: 2 min.

No dia 11 de novembro, indígenas do baixo Tapajós realizaram um protesto durante a COP30, que culminou em confusão em uma área restrita do evento. As manifestações, segundo os organizadores, tinham como objetivo chamar atenção para suas reivindicações, que muitas vezes não são consideradas nas negociações oficiais. Margareth Maytapu, coordenadora do Conselho Indígena Tapajós e Arapiuns, enfatizou a urgência de serem ouvidos sobre a ocupação de seus territórios.

Durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira (12), o grupo expressou que suas demandas, embora relevantes, permanecem restritas a espaços paralelos, sem alcançar a visibilidade desejada nas discussões formais da cúpula. Maytapu criticou a falta de licença e respeito por parte de quem entra em suas terras, reforçando a necessidade de reconhecimento e diálogo. O ato, apesar do descontrole, foi considerado um forte recado de resistência por parte da comunidade indígena.

As implicações desse protesto vão além do evento, trazendo à tona questões sobre a inclusão de vozes indígenas nas discussões sobre mudanças climáticas e direitos territoriais. A resistência demonstrada pode pressionar os organizadores da COP30 a considerar mais seriamente as demandas dos povos indígenas. Assim, o movimento pode gerar desdobramentos significativos nas negociações futuras e na percepção pública sobre a importância do respeito aos direitos indígenas.

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