A Igreja Católica da Espanha reportou 101 denúncias de abusos sexuais em 2025, conforme declarado pelo secretário-geral da Conferência Episcopal Espanhola, Francisco García Magán, em coletiva de imprensa realizada no dia 21 de novembro. Este mecanismo de indenização foi ativado após anos de críticas à falta de transparência da Igreja sobre abusos sexuais, especialmente contra menores. A iniciativa visa abordar o problema da pedofilia dentro da instituição, um compromisso assumido em 2022.
Durante a coletiva, García Magán informou que, dos casos recebidos, 58 já foram resolvidos e 11 estão em processo de resolução. No entanto, ele não esclareceu se esses casos resolvidos resultaram em indenizações para as vítimas. A Igreja está em conversas com o governo sobre a possibilidade de estabelecer um fundo estatal para compensar as vítimas, além de permitir que aquelas que não desejam se manifestar pela Igreja possam fazê-lo através da Defensoria que já conduziu uma investigação preliminar sobre o tema.
O diálogo entre a Igreja e o governo está avançando, segundo García Magán, que ressaltou a condição de que um fundo deve ser acessível a todas as vítimas de abuso sexual, não apenas às ligadas à Igreja. Essa discussão é crucial em um país com uma forte tradição católica, e a busca por compensações justas para as vítimas pode impactar significativamente a relação da Igreja com a sociedade espanhola, ainda marcada por desconfiança e demandas por maior transparência e responsabilidade.