A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) pediu nesta quinta-feira, dia 27, que o governo da Venezuela reconsidere a revogação das concessões de seis companhias aéreas, incluindo a brasileira GOL e a colombiana Avianca. A decisão foi tomada após um alerta de segurança emitido pelos Estados Unidos, que gerou o cancelamento de voos para o país. Além da GOL e da Avianca, as companhias afetadas incluem a portuguesa TAP, a espanhola Iberia e a turca Turkish Airlines.
O alerta de segurança está relacionado a atividades militares no sul do Caribe, levando as companhias aéreas a suspenderem suas operações para garantir a segurança de passageiros e tripulações. A Iata ressaltou que sua solicitação é para que as autoridades venezuelanas reconsiderem a revogação das autorizações de operação, enfatizando o compromisso das empresas com a segurança e a disposição de retomar os serviços assim que as condições forem favoráveis. O aeroporto de Maiquetía, principal do país, registrou baixa atividade, com várias companhias com operações suspensas.
Por outro lado, o governo venezuelano acusou as companhias aéreas de se alinharem a ações de terrorismo de Estado promovidas pelos EUA, segundo um comunicado do Instituto Nacional de Aeronáutica Civil. O ministro das Relações Exteriores de Portugal, Paulo Rangel, classificou a revogação como desproporcional e indicou que o país está buscando soluções por meio de canais diplomáticos. O cenário atual gera incertezas sobre o futuro das operações aéreas na Venezuela e sua relação com as companhias internacionais.