Uma investigação recente da revista Atlantic revelou que mais de 15 milhões de vídeos do YouTube, provenientes de importantes veículos de notícias, foram utilizados por empresas de tecnologia para treinar sistemas de inteligência artificial. Entre os responsáveis por essa prática estão grandes nomes como Microsoft, Meta e Tencent, que têm explorado esses conteúdos sem a devida autorização. A prática levanta preocupações sobre a violação de direitos autorais e a exploração da propriedade intelectual dos criadores de conteúdo.
A Vox Media, que inclui canais conhecidos como o New York Times e a BBC, expressou sua preocupação com o uso não autorizado de seus vídeos, buscando proteger seus direitos autorais e explorando soluções legais. O CEO do YouTube afirmou que o download de vídeos para treinamento de IA contraria os termos de serviço da plataforma. A investigação também destaca que muitas vezes os vídeos de veículos de notícias são utilizados em larga escala, o que pode prejudicar o mercado de reportagens originais.
Diante desse cenário, é evidente que as práticas atuais levantam questões éticas e legais sobre a utilização de conteúdos protegidos. A falta de acordos de licenciamento entre as empresas de IA e os criadores de conteúdo pode resultar em um enfraquecimento do jornalismo, reduzindo a capacidade de contar histórias importantes. O futuro das relações entre tecnologia e jornalismo dependerá de um debate mais amplo sobre direitos autorais e a valorização do trabalho criativo na era digital.