O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, protocolou uma ação na Justiça Federal da Paraíba visando a remoção de outdoors que o criticavam em relação à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Blindagem. O pedido foi negado pelo juiz federal Vinícius Costa Vidor, que argumentou que Motta, como figura pública, deve estar preparado para receber críticas e que o material veiculado não configurava difamação, mas sim críticas legítimas ao seu trabalho.
Os outdoors, que estavam espalhados em cidades como Campina Grande e Cajazeiras, apresentavam frases contundentes e a logomarca do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica da Paraíba (Sintef-PB). O sindicato defendeu o direito à manifestação e contestou a tentativa de silenciar o debate público, afirmando que a liberdade de expressão deve ser respeitada. A audiência marcada para discutir o caso não resultou em conciliação entre as partes.
Embora os outdoors tenham sido retirados de circulação, a decisão do magistrado pode ter desdobramentos importantes para a relação entre figuras públicas e críticas na esfera pública. O caso levanta questões sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade de políticos em lidar com a oposição. O episódio reflete um clima tenso em torno das propostas legislativas e a vigilância da sociedade sobre as ações de seus representantes.

