Em uma decisão que pode impactar a dinâmica política da Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta barrou o deputado Alexandre Ramagem de participar e votar remotamente nas sessões. A medida foi anunciada em 25 de novembro de 2025, após Ramagem ter se refugiado nos Estados Unidos, onde tenta evitar as consequências de sua condenação em um caso relacionado a uma trama golpista.
Ramagem, que pertence ao PL do Rio de Janeiro, vem utilizando dispositivos móveis para votar à distância, além de gravar vídeos para suas redes sociais. A decisão de Motta surge em um contexto de crescente tensão política, onde a legitimidade das ações de parlamentares fora do país é frequentemente questionada. Essa situação também levanta preocupações sobre o uso de tecnologia para contornar restrições legais e as implicações de tal comportamento.
Com a proibição, a Câmara dos Deputados se vê diante de um dilema sobre como lidar com parlamentares que se encontram fora do país. As próximas semanas poderão revelar se essa decisão será contestada legalmente ou se abrirá precedentes para novas ações contra outros deputados em situações semelhantes. A questão central permanece: até que ponto a legislação atual pode ser aplicada a figuras políticas que buscam escapar da justiça?