O presidente da Câmara, Hugo Motta, e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reunirão nesta terça-feira para tentar um acordo sobre o projeto de lei antifacção. O texto, de autoria do governo, está sob a relatoria do deputado Guilherme Derrite, que é criticado pelo Palácio do Planalto em relação às alterações propostas, especialmente aquelas que podem impactar a atuação da Polícia Federal e criminalizar movimentos sociais.
As críticas ao relatório de Derrite incluem preocupações sobre a Lei Antiterrorismo e a capacidade da Polícia Federal em lidar com facções criminosas. Motta expressou a intenção de votar o projeto ainda esta semana, mas aguarda as movimentações em torno do texto. A situação é tensa, com a Polícia Federal e outros atores políticos se manifestando contra o parecer atual, defendendo mudanças significativas antes da votação.
Com a reunião de líderes partidários também agendada para o mesmo dia, a expectativa é que novas discussões possam influenciar o andamento do projeto. O governo enfatiza a necessidade de preservar as competências da Polícia Federal no combate ao crime organizado, enquanto o relator do projeto nega que suas alterações possam abrir espaço para intervenções indesejadas. O desfecho dessas negociações poderá ter implicações significativas para a legislação de segurança no país.