Honduras enfrenta eleições decisivas sob pressão de Trump

Carlos Eduardo Silva
Tempo: 2 min.

Os hondurenhos votam neste domingo, 30 de novembro, em uma eleição crucial que pode mudar o rumo da política do país. A disputa está marcada pela polarização entre os candidatos, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fazendo pressão para que o eleitorado apoie Nasry Asfura, do Partido Nacional, ameaçando cortar a ajuda americana caso contrário. Com mais de 6,5 milhões de eleitores registrados, a votação também decidirá deputados e prefeitos, em um momento de intensa turbulência política.

A eleição ocorre em um clima de desconfiança, com denúncias de fraudes e um histórico de golpes de Estado que permeiam a política hondurenha. Asfura, Moncada e Nasralla, os principais candidatos, têm trocado acusações sobre possíveis irregularidades, o que aumenta a tensão à medida que o dia da votação se aproxima. O governo dos Estados Unidos e organizações internacionais, como a OEA e a UE, enviaram observadores para garantir a integridade do processo eleitoral, dada a importância do resultado para a estabilidade do país.

Com 60% da população vivendo na pobreza e um histórico de violência e narcotráfico, Honduras enfrenta desafios significativos. A pressão de Trump e a polarização acentuada podem complicar ainda mais a situação, enquanto os candidatos tentam abordar questões como corrupção e segurança, que foram pouco discutidas durante a campanha. A contagem dos votos promete ser um momento decisivo, com a expectativa de que os resultados sejam divulgados na noite de domingo.

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