O governo da Holanda anunciou a devolução de uma escultura de 3.500 anos ao Egito, que foi roubada durante a Primavera Árabe, entre 2011 e 2012. A peça, uma cabeça esculpida de um dignitário da corte do faraó Tutmés III, foi identificada como patrimônio egípcio após reaparecer em uma feira de arte em Maastricht. A devolução foi confirmada pelo primeiro-ministro interino durante a inauguração do Grande Museu Egípcio, no Cairo, no último fim de semana.
O retorno da escultura está programado para ocorrer até o fim do ano e representa não apenas um gesto diplomático, mas também um compromisso da Holanda em devolver bens culturais a seus legítimos proprietários. As autoridades holandesas afirmam que a escultura é significativa para a identidade do Egito, e o governo holandês já fez devoluções semelhantes a outros países, como Nigéria e Indonésia, dentro de um movimento global por reparação cultural.
Além de marcar a restituição, a devolução coincide com a abertura do Grande Museu Egípcio, um projeto cultural ambicioso que abriga mais de 50 mil peças da história do Egito. Espera-se que a nova instituição não apenas atraia um grande número de visitantes, mas também revitalize o turismo, fundamental para a economia egípcia. A situação destaca a necessidade de um debate contínuo sobre o tráfico internacional de antiguidades e a importância da restituição de patrimônios culturais.

