Na última quinta-feira, 13 de novembro de 2025, a Hapvida (HAPV3) viu suas ações desvalorizarem em 42,21%, a maior queda desde sua abertura de capital em 2018, resultando em uma perda de quase R$ 7 bilhões em valor de mercado. O impacto negativo foi impulsionado pela divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025, que indicaram uma queda de 20% no Ebitda e sinistralidade médica acima do esperado, levando a uma revisão pessimista das projeções para o futuro.
Os analistas do JPMorgan cortaram sua recomendação para as ações de compra para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 52 para R$ 39, citando pressões constantes em sua operação. Também mencionaram que a competitividade no setor, especialmente com a Amil, impõe desafios adicionais para o crescimento da Hapvida. Apesar de o BTG Pactual manter a recomendação de compra, ajustou seu preço-alvo de R$ 67 para R$ 50, refletindo um tom mais cauteloso diante do cenário atual.
Com a expectativa de resultados desafiadores nos próximos trimestres, os analistas expressaram preocupação com a recuperação das margens e a capacidade da empresa de atrair novos clientes. A Hapvida enfrenta um dilema entre realizar investimentos estruturais necessários e a necessidade de uma recuperação rápida para restaurar a confiança do mercado. O programa de recompra de ações poderá oferecer algum suporte, mas as incertezas permanecem significativas para o futuro da operadora de planos de saúde.


