O Dr. Hans Asperger, renomado por suas contribuições à neurodiversidade, é alvo de debates intensos devido ao seu envolvimento com o regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Enquanto alguns o retratam como um pensador compassivo e inovador, outros o consideram um apoiador entusiástico de Hitler. A autora Alice Jolly decidiu escrever um romance sobre sua vida, buscando entender essas complexidades.
A obra de Jolly foi inspirada por livros de referência sobre o autismo, que oferecem narrativas contrastantes sobre Asperger. O livro “NeuroTribes” de Steve Silberman o apresenta como um defensor da compreensão e aceitação do autismo, enquanto “In a Different Key” de Donvan e Zucker sugere que ele colaborou com a ideologia nazista. Essas diferentes perspectivas despertaram o interesse da autora em investigar mais a fundo a vida de Asperger e suas implicações éticas.
As implicações do trabalho de Asperger e sua relação com o regime nazista levantam questões importantes sobre a moralidade na ciência e a responsabilidade dos pesquisadores. O romance de Jolly não apenas busca reexaminar a figura de Asperger, mas também instiga uma reflexão sobre como a história é escrita e as narrativas que escolhemos preservar. Essa análise crítica pode contribuir para um entendimento mais amplo das complexidades da neurodiversidade e suas raízes históricas.


