Haddad promete redução de juros e critica mercado financeiro contrário ao Brasil

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Durante um evento em São Paulo, o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, destacou que, caso estivesse na presidência do Banco Central, defenderia a redução da taxa de juros. Ele argumentou que a atual diferença entre os juros reais e a inflação é insustentável, sugerindo que a manutenção de juros elevados pode prejudicar a economia. Haddad enfatizou que a taxa de juros não deve permanecer em 15% com uma inflação de 4,5%, evidenciando a necessidade de ajustes na política monetária.

O ministro também comentou sobre as pressões que o Banco Central enfrenta por parte de alguns setores do mercado financeiro que, segundo ele, têm uma postura ideológica que se opõe ao governo. Haddad afirmou que essa atitude tem levado muitos a perderem dinheiro devido a apostas errôneas, como a expectativa de alta no dólar. Ele argumentou que a responsabilidade por essas perdas recai sobre as decisões individuais dos investidores, que devem ajustar suas expectativas à realidade econômica.

Além das questões sobre juros, Haddad abordou a agenda ambiental do Brasil, afirmando que o país possui vantagens competitivas na transição energética, especialmente em relação à hidroeletricidade. Ele mencionou a criação do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre como um passo importante para promover políticas de preservação. A fala do ministro ocorreu em um contexto de discussões sobre sustentabilidade, à véspera da COP 30, destacando a relevância do Brasil nas questões climáticas globais.

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