No dia 14 de novembro, o Grupo Mateus, uma das principais redes de varejo alimentar do Brasil, anunciou uma queda de 25% nas suas ações após a revelação de um erro significativo em seu balanço financeiro do terceiro trimestre. A companhia apontou um ajuste de R$ 1,1 bilhão na valorização de seus estoques, o que resultou em uma redução do patrimônio líquido de R$ 10,9 bilhões para R$ 9,1 bilhões. Este ajuste contábil gerou apreensão entre investidores e analistas do mercado.
O erro foi atribuído a falhas nos cálculos do custo médio das mercadorias vendidas, mas o Grupo Mateus se defende, alegando que não houve erro contábil, mas sim uma atualização em seu sistema de controle de custos. A empresa também ressaltou que o impacto da revisão não afetou seu caixa ou compromissos financeiros. Entretanto, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) criticou a falta de comunicação adequada em relação a essa situação, que deveria ter sido divulgada via Fato Relevante.
As implicações desse episódio são amplas, uma vez que a reputação da empresa pode ser afetada e os investidores estão mais cautelosos. Enquanto o Grupo Mateus tenta restaurar a confiança, a situação levanta questões sobre a transparência e a governança corporativa no setor. A companhia precisa agora não apenas lidar com os efeitos financeiros da revisão, mas também com as expectativas do mercado em relação à sua capacidade de gestão e comunicação eficaz.