O governo de Javier Milei se vê em meio a um novo conflito com a Associação do Futebol Argentino (AFA) após a suspensão de Juan Sebastián Verón, presidente do Estudiantes de La Plata, por um período de seis meses. A penalidade foi imposta em decorrência de um protesto realizado pelos jogadores da equipe, que se negaram a homenagear o Rosário Central durante um jogo, em resposta à declaração controversa de que este último seria o campeão da liga.
A AFA, liderada por Claudio Tapia, anunciou sanções severas, incluindo a suspensão de Verón e a punição de 11 jogadores com a proibição de participação em dois jogos em 2026. A senadora Patricia Bullrich, aliada de Milei, expressou sua preocupação em relação à falta de transparência na gestão da AFA e prometeu investigar as irregularidades, sugerindo que os clubes estão sob a influência da associação de forma opressiva.
Esse episódio não é isolado e marca uma continuidade das tensões entre o governo Milei e a AFA, que já enfrentou críticas pela sua administração. A falta de competitividade do futebol argentino e as mudanças propostas na gestão dos clubes, incluindo a possibilidade de Sociedades Anônimas Desportivas, são questões que permanecem em debate, refletindo uma crise mais ampla no cenário esportivo do país.