A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, que se inicia no Senado, deve ser dominada pelo governo, que conta com a maioria dos senadores. A oposição, que sonhava em repetir o sucesso da CPMI do INSS, possui apenas quatro dos 11 senadores titulares da comissão, o que limita sua capacidade de ação. O governo, por sua vez, conseguiu garantir cinco votos e tem a expectativa de eleger o senador Fabiano Contarato como presidente da CPI.
Os aliados do governo afirmam que, além da maioria, contam com senadores do centro que podem apoiar suas propostas, aumentando ainda mais suas chances de sucesso na CPI. A oposição, representada por figuras como Sergio Moro e Flávio Bolsonaro, se encontra em uma posição fragilizada, o que pode dificultar suas tentativas de controle da investigação. A CPI do Crime Organizado é vista como uma oportunidade para o governo reforçar sua posição no Congresso e responder a críticas sobre sua atuação na segurança pública.
Caso as previsões se concretizem, a presidência de Contarato poderá ser um ponto de virada nas investigações relacionadas ao crime organizado no Brasil. A CPI, que já gerou expectativa entre os senadores, poderá impactar o cenário político e gerar desdobramentos significativos nas relações entre governo e oposição. A aprovação de propostas e a condução de inquéritos dependem agora da articulação política nas próximas semanas.

