O governo brasileiro enfrenta um cenário desafiador para negociar a suspensão de sanções e tarifas impostas pelos Estados Unidos, especialmente após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro no último sábado. Interlocutores do governo expressam que essa situação torna ainda mais distante a possibilidade de um acordo favorável, embora não haja indícios de novas sanções por parte de Washington no momento.
Atualmente, o Brasil busca uma resposta ao pedido de suspensão temporária da tarifa adicional de 40% e a reversão de sanções que afetam autoridades nacionais, incluindo membros do Judiciário. O diálogo entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump continua, mas a situação política interna no Brasil pode dificultar as negociações. A recente ordem executiva de Trump, que isenta alguns produtos brasileiros da tarifa, representa um passo, mas 22% das exportações ainda estão sujeitas ao tarifaço total.
Além disso, o Brasil permanece sob investigação pela Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA, que pode resultar em retaliações tarifárias. As negociações podem exigir concessões em áreas como regulação de big techs e políticas de propriedade intelectual. A complexidade das relações entre os dois países sugere que o Brasil terá que apresentar contrapartidas para alcançar um acordo que beneficie suas exportações e minimize as sanções em vigor.