Nesta quarta-feira (12), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, expressou preocupações sobre o projeto de lei Antifacção, afirmando que mudanças propostas podem comprometer a eficácia no combate às facções criminosas. Ela ressaltou quatro pontos inegociáveis: a tipificação penal, a apreensão de bens, a descapitalização da Polícia Federal e a manutenção de trechos da Lei das Organizações Criminosas. Gleisi se reuniu com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para discutir a urgência da votação na Câmara dos Deputados.
A ministra enfatizou que a tipificação penal deve diferenciar facções criminosas de organizações criminosas, destacando a necessidade de uma abordagem mais robusta para lidar com essas entidades. Durante a reunião, ela pediu mais tempo para negociar com os parlamentares, argumentando que a complexidade do tema requer uma discussão aprofundada. Além disso, Gleisi mencionou a elaboração de uma nota técnica pelo Ministério da Justiça para abordar outros pontos do relatório do deputado Guilherme Derrite, relator do projeto.
Gleisi também manifestou preocupações sobre a descapitalização da Polícia Federal, que pode afetar suas operações. A ministra afirmou que a proposta atual retira a possibilidade de apreensão imediata de bens, dificultando a atuação contra o crime organizado. A situação levanta questionamentos sobre a eficácia do projeto e a capacidade do governo em implementar uma legislação que realmente combata as facções criminosas de forma eficaz.


