A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, expressou sua desaprovação em relação à decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 15% ao ano durante a terceira reunião consecutiva do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada em 6 de novembro de 2025. Em sua declaração, publicada em suas redes sociais, Gleisi afirmou que essa medida é “prejudicial ao Brasil” e que “nada justifica” tal decisão, indicando uma desconexão entre a política monetária e a realidade econômica do país.
Gleisi Hoffmann destacou que a manutenção da taxa elevada compromete investimentos produtivos, limita o acesso ao crédito e afeta a geração de empregos, além de perturbar o equilíbrio das contas públicas. Ela enfatizou que nenhuma economia sustentável pode operar com juros reais de 10%, argumentando que essa situação é insustentável dada a atual conjuntura econômica. Além disso, nenhum dos diretores do Banco Central indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou para reduzir a Selic em 2025, refletindo um consenso sobre a necessidade de manter a taxa em patamares elevados.
A crítica de Gleisi Hoffmann pode ter implicações significativas para a política econômica do país, principalmente em um cenário onde o crescimento econômico e a geração de empregos são prioridades. À medida que o governo enfrenta desafios econômicos, a pressão sobre a equipe econômica pode aumentar para reavaliar a estratégia monetária. A continuidade dessa taxa elevada poderá impactar a confiança do mercado e as expectativas de investimento, complicando ainda mais a recuperação econômica do Brasil.

