Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central do Brasil, fez uma declaração polêmica ao comparar a poupança a um ‘Robin Hood às avessas’, em um evento da Bradesco Asset nesta quarta-feira. Ele argumentou que a poupança acaba por penalizar os poupadores menos informados, uma vez que subsidia crédito a setores favorecidos. Essa crítica se insere em um debate mais amplo sobre as mudanças necessárias no modelo de financiamento imobiliário do país.
Galípolo enfatizou que a poupança, embora ofereça liquidez imediata, remunera os investidores de forma inferior à taxa básica de juros. Essa dinâmica, segundo ele, é prejudicial, pois favorece os tomadores de empréstimos em detrimento dos poupadores, que muitas vezes não têm acesso a alternativas de investimento mais rentáveis. O presidente do BC argumentou que esse modelo não é alinhado com uma política econômica progressiva.
As observações de Galípolo levantam questões sobre a sustentabilidade do sistema financeiro e seu impacto na equidade econômica. As propostas para reformular o financiamento habitacional podem refletir uma tentativa do BC de corrigir distorções e promover um ambiente mais justo para todos os poupadores. O presidente do Banco Central sinaliza que mudanças estão a caminho, mas a eficácia dessas reformas ainda será avaliada pelos cidadãos e pelo mercado.


