Galípolo critica lentidão da inflação, mas defende gradualismo do BC

Bruno de Oliveira
Tempo: 2 min.

Durante o Fórum de Investimentos 2026, realizado em São Paulo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, abordou a preocupação com a lenta convergência da inflação à meta de 4,5%. Segundo ele, essa situação é incômoda, mas o gradualismo na abordagem do Banco Central ajuda a evitar um tombo na atividade econômica, um risco que se apresentava no início de 2025. Apesar de a expectativa de inflação ter diminuído, ela ainda permanece acima do teto da meta estabelecida pela instituição.

Galípolo enfatizou que, embora a taxa básica de juros esteja alta, o desemprego alcançou sua mínima histórica de 5,6% no trimestre encerrado em setembro. Ele também apontou a resiliência da atividade econômica, destacando que os juros reais no Brasil são elevados em comparação a outros países. O presidente do BC observou que o crescimento da economia brasileira depende cada vez mais de ganhos de produtividade, alertando que o aumento da força de trabalho não é sustentável a longo prazo.

Por fim, Galípolo reiterou que o Banco Central não está sinalizando mudanças futuras em sua política monetária, afirmando que as decisões são baseadas em dados concretos. Ele reconheceu que o mercado financeiro frequentemente busca indicações nas publicações da instituição, mas enfatizou que o foco deve ser a análise do panorama econômico atual. Essa abordagem pragmática pode ser crucial para manter a estabilidade econômica em um cenário desafiador.

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