O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reiterou nesta terça-feira, 25, a meta de inflação de 3% durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Ele enfatizou que a taxa de juros é o principal instrumento para alcançar esse objetivo, afirmando que a determinação legal recebida estabelece claramente essa meta. Galípolo também mencionou que, apesar das taxas de juros mais altas em comparação a outros países emergentes, o foco legal do Banco Central não é simplesmente alinhar-se à mediana global.
Durante sua exposição, Galípolo reconheceu que o Banco Central não conseguiu cumprir a meta de inflação em nenhum mês ao longo deste ano, ressaltando que a meta não deve ser vista como um valor fixo a ser atingido mensalmente. Ele argumentou que a banda de flutuação da meta foi estabelecida para considerar variações e que cravar uma taxa de 3% de inflação mensalmente é uma tarefa complicada. Galípolo também destacou que o comando legal não sugere uma meta de 4,5%, reforçando a seriedade com que trata o assunto.
Por fim, o presidente do Banco Central compartilhou preocupações sobre as projeções do Focus e da Firmus, que indicam dificuldades em cumprir a meta de inflação durante seu mandato. Ele se mostrou ciente de que, se as tendências atuais persistirem, poderá terminar seu período à frente da autarquia sem atingir o objetivo estabelecido. Essa situação levanta questionamentos sobre a eficácia das políticas monetárias atuais e os desafios enfrentados pelo Banco Central brasileiro.

