Na quarta-feira, 12 de novembro de 2025, a Assembleia Nacional da França aprovou a suspensão da reforma previdenciária, com 255 votos a favor e 146 contra. A medida garante que a idade mínima para aposentadoria permaneça em 62 anos e 9 meses até após as eleições presidenciais de 2027. Essa decisão representa uma importante concessão do primeiro-ministro Sébastien Lecornu ao Partido Socialista, evitando uma moção de censura que poderia desestabilizar ainda mais o governo.
O contexto da votação revela uma instabilidade política crescente na França, com um Parlamento fragmentado desde as eleições de 2024. Durante os debates orçamentários, foi enfatizado que a suspensão da reforma ainda precisa ser confirmada em uma votação final no projeto de lei de Seguridade Social. A deputada socialista Mélanie Thomin destacou que a medida permitirá que 3,5 milhões de franceses se aposentem mais cedo, promovendo um clima de consenso entre os partidos.
As concessões feitas pelo governo podem impactar as metas fiscais do país, que já enfrenta o maior déficit orçamentário da zona do euro. A suspensão da reforma representa uma manobra para garantir a sobrevivência política do governo de Lecornu, que tem enfrentado desafios significativos desde sua formação. Com a situação política em constante evolução, as próximas decisões legislativas serão cruciais para o futuro do governo e a estabilidade econômica da França.