França pede sanções da UE contra a plataforma Shein por violações

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Nesta quinta-feira (6), a França solicitou à União Europeia que tome medidas contra a plataforma de comércio eletrônico Shein, que foi acusada de infringir normas do bloco. O governo francês ativou um procedimento para suspender a plataforma, especialmente criticada pela venda de bonecas sexuais com aparência infantil. O ministro francês, Jean-Noël Barrot, expressou o desejo de que a UE implemente sanções efetivas contra a empresa, que é originária da China e atualmente está sediada em Singapura.

As preocupações em torno da Shein não são recentes. Em fevereiro, a Comissão Europeia iniciou uma investigação sobre a empresa, que enfrenta acusações de não prevenir a venda de produtos ilegais. Recentemente, a França também instaurou uma investigação judicial relacionada à venda de bonecas com mensagens sexuais, que levantam sérias questões sobre a proteção de menores de idade e a disseminação de conteúdo inapropriado. Barrot apontou que as normas comunitárias sobre serviços digitais não estão sendo respeitadas de forma adequada.

A situação leva a um cenário onde a Shein pode enfrentar consequências severas, já que o governo francês deu um prazo de 48 horas para a retirada dos produtos considerados proibidos. A Comissão Europeia, por sua vez, afirmou que levará o caso a sério e pode tomar medidas adicionais. O diretor executivo da Shein, Donald Tang, reiterou o compromisso da empresa em seguir as leis francesas, mas sua proposta de uma reunião para discutir conformidade poderá ser crucial para o futuro da plataforma na Europa.

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