Paulo Roberto Moreira Soares, condenado em 2024 a 43 anos de prisão pelo assassinato da ex-esposa Izabel Aparecida Guimarães de Sousa, teve sua pena reduzida para 26 anos, 7 meses e 6 dias. A decisão foi proferida pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) após a análise de um recurso apresentado pela defesa, que questionou as circunstâncias da pena imposta. O crime, que ocorreu em fevereiro de 2023 em Ceilândia, chocou a capital e deixou a filha do casal traumatizada pela cena presenciada.
O desembargador relator revisou os fatores que levaram à sentença original e considerou que aspectos como a culpabilidade e as circunstâncias do crime deveriam ser reavaliados. Apesar da redução de pena, a decisão não foi unânime e causou desconforto à família da vítima, que esperava a manutenção da condenação inicial. A advogada da família expressou tristeza e indignação, ressaltando que a sentença original tinha uma fundamentação robusta.
As implicações da decisão vão além da dor da família, pois levantam questões sobre a eficácia do sistema judiciário em casos de feminicídio. A defesa de Paulo Roberto também recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para anular o júri anterior, argumentando que ocorreram nulidades no processo. Esse desdobramento poderá impactar não apenas o caso específico, mas a percepção social sobre a justiça aplicada a crimes de violência de gênero.

