No dia 15 de setembro, Alejandro Carranza, um pescador de Santa Marta, Colômbia, foi morto em um ataque militar realizado pelos Estados Unidos em águas do Caribe. O ataque, que ocorreu durante uma rotina de pesca, resultou em comoção na comunidade local e mobilizou a família de Carranza em busca de justiça. O presidente colombiano, Gustavo Petro, denunciou a ação, que seria parte de uma série de 20 ataques mortais na região, que já resultaram na morte de pelo menos 80 pessoas.
As tensões entre a Colômbia e os EUA se intensificaram após o incidente, uma vez que a Colômbia, tradicionalmente aliada dos americanos, se vê diante de uma resposta militar que muitos consideram violadora do direito internacional. Especialistas jurídicos afirmam que os ataques, mesmo que direcionados a supostos traficantes, não justificam a morte de civis. A família de Carranza, que sempre o conheceu como um trabalhador honesto, contesta a alegação de que ele estivesse envolvido com atividades ilícitas, buscando responsabilizar os EUA por sua morte.
A situação promete desdobramentos significativos, com a família de Carranza preparando uma ação judicial nos Estados Unidos, visando não apenas compensação financeira, mas também mudanças nas políticas de uso da força militar na região. O advogado da família enfatiza a necessidade de responsabilização e a importância de impedir que tragédias semelhantes se repitam. O caso pode abrir um debate mais amplo sobre as operações militares dos EUA na América Latina e suas implicações para a soberania e segurança dos países da região.


