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Extrativistas marcham em Belém por direitos e proteção florestal

Amanda Rocha
Tempo: 2 min.

Na tarde de quinta-feira (13), centenas de lideranças extrativistas marcharam pelas ruas de Belém, capital do Pará, com o lema ‘a morte da floresta é o fim da nossa vida’. O ato, conhecido como Porongaço dos Povos da Floresta, foi uma manifestação em defesa dos direitos territoriais e da preservação das reservas de uso sustentável, essenciais para o equilíbrio ecológico e o combate às mudanças climáticas. Este evento ocorreu em paralelo à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que também se realiza na cidade.

Os participantes, que incluem seringueiros, castanheiros, ribeirinhos e pescadores artesanais, destacaram a importância das comunidades tradicionais na proteção ambiental. Letícia de Moraes, vice-presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), enfatizou a relação intrínseca que essas populações têm com o território, argumentando que a saúde da floresta está diretamente ligada ao bem-estar das comunidades. O CNS, fundado em 1985 sob a liderança de Chico Mendes, tem sido um importante defensor dos direitos dos extrativistas contra a violência e a degradação ambiental.

Ao final da marcha, um documento com demandas específicas foi entregue à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. O texto solicita o reconhecimento formal das reservas extrativistas na política climática brasileira, visando a redução do desmatamento e a conservação dos estoques de carbono. A ministra reforçou a importância das práticas sustentáveis das comunidades na luta contra as mudanças climáticas, destacando que políticas públicas devem ser ampliadas para fortalecer a proteção dos territórios e apoiar a gestão comunitária.

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