O preço do ouro registrou um aumento de 2% no dia 12 de novembro de 2025, impulsionado pela expectativa de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos e pela reabertura do governo, após a aprovação de um projeto orçamentário pelo Congresso. O contrato de ouro para dezembro na Bolsa de Nova York fechou em alta de 2,36%, alcançando o valor de US$ 4.213,6 por onça-troy, o maior nível desde outubro. A recuperação de dados econômicos, interrompidos durante o shutdown, deve trazer mais clareza para as decisões futuras de política monetária.
Analistas destacam que a valorização do ouro, que acumula cerca de 56% em 2025, é sustentada por compras de bancos centrais e pela busca por proteção em meio a incertezas globais. Jim Wyckoff, da Kitco Metals, observa que a expectativa de dados econômicos mais fracos pode levar o Federal Reserve a adotar uma postura mais permissiva em relação aos juros. Contudo, a alta não é resultado de uma fuga do dólar, mas sim uma resposta a políticas fiscais desequilibradas, especialmente na zona do euro.
Robin Brooks, ex-economista-chefe do IIF, ressalta que o aumento do preço do ouro não é uma corrida ao metal precioso, pois as compras estão concentradas em poucos países, como Polônia e Índia. A valorização é mais um sintoma do interesse de investidores privados, característico de períodos de bolhas anteriores. Assim, o mercado de ouro se mostra sensível a mudanças na política monetária dos EUA e às condições econômicas globais.

