Em maio de 2025, o ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Filho, e sua esposa, a médica Thaisa Hoffmann Jonasson, compraram uma mansão avaliada em R$ 5,3 milhões em Curitiba, Paraná. A aquisição ocorreu após a deflagração da operação Sem Desconto, que investiga supostos desvios em benefícios previdenciários, realizada pela Polícia Federal em abril do mesmo ano. A compra levanta suspeitas sobre a origem dos fundos utilizados na transação.
O imóvel, localizado no edifício Seventy Upper Mansion, é um apartamento de 340 metros quadrados. Virgílio Filho, que atuou como procurador-geral em dois mandatos, teve um significativo aumento patrimonial, estimado em R$ 18 milhões, durante o período da investigação. Além do apartamento, o casal também reservou um veículo de luxo, um Audi, avaliado em R$ 380 mil, o que chamou a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Os desdobramentos da situação são complexos, com Virgílio Filho negando irregularidades em depoimentos à CPMI do INSS. Apesar disso, a Polícia Federal apontou que ele recebeu R$ 11,9 milhões de empresas relacionadas à chamada “Farra do INSS”. A investigação continua a levantar questões sobre a legalidade das aquisições e a real origem dos recursos do ex-procurador e sua esposa.

