O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi detido pela Polícia Federal durante a Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de descontos irregulares em aposentadorias. A operação, realizada em 13 de novembro de 2025, resultou em dez prisões e 63 mandados de busca e apreensão, e envolve a Controladoria-Geral da União (CGU). Os desvios, que podem chegar a R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, têm gerado grande repercussão no cenário político e social.
O esquema fraudulento consistia na cobrança de mensalidades a beneficiários do INSS sem a sua autorização, sob a promessa de serviços que não eram efetivamente oferecidos. Além de Stefanutto, figuras públicas como o ex-ministro da Previdência, José Carlos Oliveira, foram alvos da operação, enfrentando medidas cautelares como a utilização de tornozeleira eletrônica. As investigações ainda estão em andamento, e a operação pode levar a novas prisões e descobertas.
Em resposta ao escândalo, o governo brasileiro já iniciou a devolução dos valores descontados de forma indevida, enquanto a defesa de Stefanutto alega que a prisão é ilegal e que ele está colaborando com as investigações. Os aposentados e pensionistas afetados têm até fevereiro de 2026 para contestar os descontos e solicitar reembolsos. O desdobramento deste caso pode impactar significativamente a confiança no sistema previdenciário do país.