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Ex-delegado mandante de assassinato de jornalista recebe R$ 30 mil de aposentadoria

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Ary Sardella, ex-delegado da Polícia Civil do Distrito Federal, é um dos mandantes do assassinato do jornalista Mário Eugênio Rafael de Oliveira, ocorrido em 1984. O crime, que se deu em um contexto de repressão da ditadura militar, resultou na morte brutal do repórter, que denunciava práticas ilegais por parte de autoridades. Sardella, atualmente com 88 anos, recebe uma aposentadoria mensal de R$ 30 mil, o que levanta preocupações sobre a impunidade de crimes cometidos durante esse período sombrio da história brasileira.

O assassinato de Mário Eugênio, um jornalista ativo e crítico, ocorreu no estacionamento da Rádio Planalto, onde ele foi atacado por um grupo de policiais. Após o crime, vários envolvidos foram condenados, mas muitos cumpriram penas mínimas ou foram libertados. A continuidade das aposentadorias e pensões de ex-policiais e militares envolvidos no caso reflete uma questão maior sobre a accountability e a justiça no Brasil, especialmente em relação a crimes cometidos sob regimes autoritários.

O caso de Sardella não é isolado; representa um fenômeno em que a história e a memória de abusos cometidos durante a ditadura militar permanecem sem a devida reparação. A sociedade civil e as entidades de direitos humanos continuam a clamar por justiça, enquanto a falta de respostas das instituições torna a luta por reconhecimento e reparação ainda mais urgente. A situação atual sugere a necessidade de uma reflexão profunda sobre o legado da ditadura e suas repercussões na política e na sociedade brasileira contemporânea.

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