O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, confirmou na segunda-feira, 10 de novembro de 2025, um novo ataque a embarcações suspeitas de envolvimento com narcotráfico no Leste do Pacífico. Com esse ataque, o total de navios atingidos pelas forças americanas na região sobe para 20, resultando na morte de seis pessoas a bordo, identificadas como narcoterroristas. Os bombardeios ocorreram sob ordens do presidente Donald Trump, que justificou a ação como parte da luta contra organizações terroristas associadas ao tráfico de drogas.
Os ataques, que foram realizados em águas internacionais, geram um debate intenso sobre a legalidade e a moralidade das operações militares americanas na América Latina. A Organização das Nações Unidas expressou preocupações sobre possíveis execuções extrajudiciais, enquanto o governo dos EUA continua a alegar que essas ações são necessárias para proteger a segurança nacional. Dados recentes das Nações Unidas, no entanto, contestam a narrativa oficial, enfatizando que a maioria das drogas que causam overdoses nos EUA não têm origem na Venezuela, mas sim em outros países da região.
A crescente mobilização militar dos EUA na área, que inclui a presença de destróieres e caças F-35, destaca a tensão entre Washington e Caracas, especialmente com as acusações contra o governo venezuelano e a oferta de recompensas por informações sobre seu líder. Juristas e legisladores criticam as operações como uma violação do direito internacional, enquanto o governo Trump defende a necessidade de ações mais contundentes contra o narcotráfico. O desdobramento dessas ações pode afetar as relações diplomáticas na região e a dinâmica do combate ao tráfico de drogas.


