Os Estados Unidos anunciaram, em 13 de novembro de 2025, o lançamento da operação militar ‘Lança do Sul’, com o objetivo de combater o narcotráfico na América Latina. O Pentágono, por meio do secretário de Guerra, destacou que a missão visa expulsar os ‘narcoterroristas’ e proteger o país do fluxo de drogas que atinge seu território. Entretanto, a falta de informações claras sobre os objetivos e prazos da operação levanta dúvidas sobre se trata-se de uma nova estratégia ou uma simples reestruturação das ações já existentes na região.
Desde agosto, os EUA têm intensificado suas operações no Caribe e no Pacífico, atacando embarcações suspeitas de transportar drogas. O governo Trump, que declarou um ‘conflito armado direto’ contra cartéis de drogas, justificou os ataques com um memorando que legaliza ações militares sem autorização do Congresso. Críticos veem essas iniciativas como uma violação da soberania de países latino-americanos e como uma escalada de violência que difere do modelo anterior de intervenção, que buscava a captura e julgamento dos envolvidos no tráfico.
A operação ocorre em um contexto de crescente tensão entre os EUA e a Venezuela, com o presidente Nicolás Maduro denunciando a presença militar americana como uma ameaça à soberania do país. O USS Gerald R. Ford, um dos maiores porta-aviões do mundo, está sendo destacado para a região, o que intensifica as preocupações sobre um possível ataque direto. Especialistas alertam que a mensagem enviada pela presença militar americana pode ser mais uma estratégia de pressão sobre o governo venezuelano do que propriamente uma ação focada no combate ao tráfico de drogas.