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Estudo revela que Mounjaro pode controlar a compulsão alimentar

Eduardo Mendonça
Tempo: 2 min.

Um estudo recente publicado na revista Nature Medicine, realizado por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, aponta que a tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro, pode atenuar o que é conhecido como ‘ruído alimentar’ no cérebro. Essa condição se refere a um fluxo contínuo e indesejado de pensamentos sobre comida, que pode persistir mesmo após a saciedade. A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira, 17 de novembro de 2025, e se baseia na observação de pacientes com obesidade severa.

Os pesquisadores acompanharam três participantes que tinham eletrodos implantados no núcleo accumbens, uma área do cérebro associada à motivação e ao vício. Em um dos casos, um dos pacientes que iniciou o uso do medicamento para diabetes tipo 2 experimentou uma redução significativa nos impulsos de comer. Contudo, os cientistas notaram que, após alguns meses, os impulsos compulsivos retornaram, levantando preocupações sobre a possibilidade de desenvolvimento de tolerância ao tratamento.

Essas descobertas podem ter grandes implicações para o manejo da obesidade e transtornos alimentares, oferecendo novas perspectivas sobre o uso de Mounjaro e medicamentos similares. A eficácia do tratamento em longo prazo, no entanto, ainda precisa ser avaliada, especialmente em relação à persistência dos efeitos. O uso crescente de Mounjaro, que chegou ao Brasil em junho de 2025, também levanta questões sobre sua acessibilidade e impacto na saúde pública.

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