Um estudo recente do Instituto Kinsey, vinculado à Universidade de Indiana, aponta que a masturbação pode ajudar a aliviar sintomas da menopausa, como secura vaginal e mudanças de humor. A pesquisa, publicada na revista Menopause, analisou 1.178 mulheres americanas entre 40 e 65 anos, que relataram suas experiências e estratégias de alívio durante essa fase da vida. Os dados sugerem que essa prática é uma alternativa viável e frequentemente ignorada na abordagem das dificuldades enfrentadas pelas mulheres neste período.
Os resultados mostram que, embora muitos participantes tenham mencionado métodos tradicionais como exercícios e terapia hormonal, a masturbação se destacou em eficácia, recebendo uma média de 4,35 em uma escala de 1 a 5. Quase metade das mulheres que relataram praticar o autoerotismo afirmaram ter percebido melhorias em pelo menos um sintoma, tornando essa prática uma opção a ser considerada tanto física quanto emocionalmente. Especialistas ressaltam a importância do autoconhecimento e da comunicação sobre sexualidade, temas que permanecem pouco discutidos nas consultas médicas.
A pesquisa também evidencia um tabu persistente sobre a masturbação, que ainda é raramente abordado por profissionais de saúde. Apenas 7% das mulheres na perimenopausa afirmaram ter recebido orientação médica sobre o assunto, o que aponta para uma lacuna significativa no atendimento a essa fase da vida. Reconhecer a masturbação como uma ferramenta de alívio pode não apenas melhorar a qualidade de vida das mulheres, mas também incentivar conversas mais abertas sobre sexualidade e menopausa na prática clínica.


