Estudo revela que abelhas decifram código Morse simples com luzes

Laura Ferreira
Tempo: 1 min.

Cientistas britânicos da Queen Mary University of London mostraram que abelhas do gênero Bombus são capazes de interpretar durações de estímulos luminosos, semelhante a um código Morse simplificado. O experimento foi realizado com fêmeas operárias da espécie Bombus terrestris e publicado na revista Biology Letters. Essa descoberta sugere que insetos podem tomar decisões baseadas em estímulos visuais, uma habilidade até então atribuída apenas a vertebrados.

Os pesquisadores desenvolveram um labirinto onde as abelhas eram expostas a diferentes padrões de luz, associando durações de flashes a recompensas alimentares. O sucesso das abelhas em identificar os padrões luminosos, mesmo quando as recompensas não estavam presentes, indica uma capacidade cognitiva que desafia preconceitos sobre a inteligência dos insetos. A pesquisa abre novas discussões sobre a percepção temporal em animais com cérebros menores.

Além de contribuir para o entendimento das capacidades cognitivas dos insetos, o estudo pode ter implicações significativas para o campo da inteligência artificial. As descobertas sugerem que modelos inspirados na eficiência dos cérebros pequenos podem levar ao desenvolvimento de redes neurais mais eficazes. A equipe de pesquisa pretende investigar mais sobre os mecanismos cerebrais envolvidos nessa percepção temporal em diferentes espécies.

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