Estudo revela desigualdade salarial entre cabeleireiros no Brasil

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Um estudo realizado pela Divisão de Produtos Profissionais do Grupo L’Oréal, em parceria com a consultoria Provokers, revela que as mulheres representam 62% dos profissionais de salões de beleza no Brasil, com 52% se declarando pretas ou pardas. Apesar da significativa presença feminina, as desigualdades de gênero e raça continuam a impactar a profissão, com homens ganhando em média 19% a mais que mulheres e pessoas brancas recebendo 21% a mais do que negras.

O levantamento destaca que a profissão de cabeleireiro vai além da estética, funcionando como um instrumento de transformação social. Quase metade dos profissionais afirmam ter sonhado com a carreira desde cedo, e 87% desejam continuar nela por conta da autonomia e do prazer em transformar vidas. No entanto, 56% sentem que a sociedade ainda considera a profissão como um “caminho fácil”, refletindo a falta de reconhecimento e valorização do trabalho realizado.

A pesquisa também aponta a necessidade de uma formação mais estruturada para os cabeleireiros, com 74% dos entrevistados buscando capacitação formal antes de iniciar a carreira. Especialistas defendem que o diagnóstico apresentado pela pesquisa deve servir como base para o desenvolvimento de políticas que fortaleçam a categoria, promovendo um maior reconhecimento e valorização da profissão, que é vital para a economia e autoestima dos brasileiros.

Compartilhe esta notícia