Um estudo recente do Instituto Esfera recomenda que frigoríficos, serrarias e outras empresas do setor produtivo que operam em áreas com fiscalização deficiente reportem operações financeiras suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A pesquisa, divulgada em 17 de novembro de 2025, ressalta a necessidade urgente de enfrentar crimes ambientais, que movimentam anualmente cerca de R$ 1 trilhão em todo o mundo, segundo o Banco Mundial.
O relatório aponta que, no Brasil, aproximadamente 30% da madeira extraída da Amazônia é ilegal e 40% da mineração de ouro ocorre sem autorização. Essa realidade dificulta não apenas o combate ao crime ambiental, mas também a rastreabilidade de recursos financeiros que alimentam atividades ilícitas. A pesquisa sugere que a abordagem atual, focada apenas na análise de clientes e transações, não é suficiente para romper o ciclo de desmatamento e exploração ilegal.
Por fim, o estudo enfatiza a importância do asfixiamento financeiro como estratégia central para reduzir a lucratividade dessas atividades ilícitas. A proposta de integrar sistemas de monitoramento ambiental e financeiro visa aumentar a responsabilização de todos os envolvidos na cadeia produtiva, assegurando uma proteção mais efetiva ao meio ambiente e um combate mais eficaz à lavagem de dinheiro vinculada a esses crimes.


