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Estudo aponta falta de evidências entre paracetamol na gravidez e autismo

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Uma revisão abrangente publicada no The British Medical Journal, nesta segunda-feira, 10, examinou a suposta ligação entre o uso de paracetamol na gravidez e o aumento do risco de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças. Os pesquisadores destacaram que as evidências atuais são insuficientes para confirmar qualquer relação causal, uma conclusão que já havia sido sugerida por especialistas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa questão ganhou destaque após a recente alteração na bula do medicamento nos Estados Unidos, que levantou preocupações entre gestantes e mães de crianças com TEA.

O estudo, que revisou 40 pesquisas publicadas nos últimos dez anos, encontrou que muitas das revisões anteriores não ajustaram adequadamente para fatores de confusão, como questões genéticas e ambientais. Apenas uma das pesquisas revisadas apresentou ajustes significativos, o que levanta dúvidas sobre a validade das conclusões anteriores. Os especialistas enfatizaram a necessidade de cautela ao interpretar as informações, pois a confiança nas evidências foi classificada como baixa em várias análises.

Os autores do estudo alertaram que a falta de evidências robustas deve ser considerada por órgãos reguladores, profissionais de saúde e famílias. Eles ressaltaram que, embora o paracetamol seja amplamente utilizado para tratar febre e dor durante a gravidez, é crucial manter a vigilância sobre possíveis associações com desfechos negativos. A pesquisa conclui que, no estado atual, não há uma ligação clara entre o uso do medicamento e o autismo ou o TDAH, enfatizando a importância da análise cuidadosa dos dados disponíveis.

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