Estudo aponta desigualdade racial em hospitalizações em Belém

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

Um estudo recente indica que, em Belém, uma pessoa negra tem até 30 vezes mais chances de ser internada por doenças transmitidas pela água contaminada em comparação a uma pessoa branca. Além disso, a taxa de hospitalização por arboviroses, incluindo dengue e zika, é sete vezes maior entre a população negra do que entre a branca. Essas estatísticas alarmantes emergem em um momento crítico, já que a cidade se prepara para sediar a COP30, conferência sobre clima da ONU.

Os dados revelam um quadro preocupante de desigualdade racial e social na saúde pública, evidenciando como grupos marginalizados enfrentam riscos maiores devido a condições ambientais adversas. A pesquisa serve como um alerta para a necessidade de políticas públicas mais eficazes e inclusivas, que abordem essas disparidades. A realização da COP30 em Belém pode fornecer uma plataforma para discutir essas questões críticas em um contexto global.

As implicações desse estudo são significativas, não apenas para a saúde da população local, mas também para o debate mais amplo sobre justiça climática e social. À medida que a conferência se aproxima, espera-se que as autoridades e representantes da comunidade internacional coloquem essas questões em pauta, buscando soluções que promovam a equidade e a proteção dos mais vulneráveis. A atenção voltada para Belém pode ser uma oportunidade para iniciar mudanças necessárias nas políticas de saúde e ambientais.

Compartilhe esta notícia