Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que 16,3 milhões de famílias no Brasil enfrentam alguma forma de inadequação habitacional, sendo que mais de 1,2 milhão vive sem banheiro. Essas condições afetam 40,9 milhões de pessoas, evidenciando a gravidade do problema que não se restringe a áreas de baixa renda.
A pesquisa, que usou dados do CadÚnico de 2024, mostra que a precariedade habitacional é mais comum em lares chefiados por mulheres, predominantemente negras. A falta de infraestrutura básica, como esgoto e água tratada, compromete não apenas a qualidade de vida, mas também está associada a problemas de saúde e violência doméstica, destacando a necessidade urgente de políticas públicas eficazes.
Os custos para resolver essas inadequações habitacionais são estimados em R$ 273,6 bilhões, um valor comparável aos investimentos feitos em programas de habitação. A implementação de assistência técnica nas reformas, junto ao engajamento de organizações da sociedade civil, é crucial para garantir que as melhorias habitacionais realmente atendam às necessidades da população vulnerável.