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Equador rejeita bases militares estrangeiras em referendo decisivo

Patricia Nascimento
Tempo: 2 min.

No último domingo (16), os eleitores do Equador rejeitaram, com 60,65% dos votos, a proposta de instalação de bases militares estrangeiras no país, assim como outras três questões propostas pelo presidente Daniel Noboa. Entre as perguntas rejeitadas estava a convocação de uma nova Assembleia Constituinte, que visava reescrever a atual Constituição, em vigor desde 2008, a qual proíbe a presença de bases militares estrangeiras. O resultado do referendo reflete um descontentamento generalizado com a administração atual e suas políticas de segurança.

A campanha de Noboa pela instalação de bases dos Estados Unidos foi justificada como uma estratégia para combater o narcotráfico, em meio a uma crescente crise de segurança no país. O ministro da Defesa do Equador, Carlo Loffredo, havia comentado sobre a necessidade de cooperação internacional para enfrentar o crime organizado. Contudo, a oposição, liderada por Luisa González, aplaudiu a rejeição das propostas, argumentando que elas ameaçavam a soberania do Equador e favoreciam interesses estrangeiros.

Com a rejeição das propostas, Noboa afirmou que respeitaria a vontade do povo e que continuará a lutar pelo país. A atual Constituição, que já havia forçado a saída de tropas americanas em 2009, permanece um ponto central no debate sobre a segurança pública e a influência externa no Equador. O futuro político do presidente poderá ser impactado pela contínua crise de segurança, que já resultou em um aumento alarmante dos homicídios e violência no país nos últimos anos.

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