Entidades brasileiras criticaram a decisão do governo dos Estados Unidos de manter a sobretaxa de 40% sobre produtos nacionais, imposta pelo ex-presidente Donald Trump. A medida foi anunciada após a retirada parcial de tarifas de 10% para 238 itens, mas a maioria dos produtos brasileiros continua a ser severamente afetada. Na avaliação de representantes do setor, é fundamental que o governo brasileiro intensifique as negociações para buscar a eliminação total das tarifas e restaurar a competitividade nas exportações para os EUA.
Embora a redução das tarifas sobre alguns produtos seja vista como um passo positivo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e outras entidades apontam que isso é insuficiente. Para muitos setores, a sobretaxa de 40% ainda impede um acesso justo ao mercado americano, especialmente em relação a concorrentes que não enfrentam as mesmas barreiras. O presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou a necessidade de um acordo rápido para melhorar as condições de competição dos produtos brasileiros.
As entidades do setor cafeeiro e da indústria de carnes também lamentam a continuidade das altas taxas. A pressão sobre o governo brasileiro para negociar um acordo que elimine as distorções tarifárias é crescente, especialmente com a concorrência de países como Colômbia e Vietnã, que enfrentam menores tarifas. A situação exige ações diplomáticas imediatas para restabelecer o fluxo normal de exportações e garantir a competitividade do Brasil no mercado internacional.


