O programa Crédito ao Trabalhador, lançado em março de 2025, viu suas concessões de empréstimos quase triplicarem até setembro, passando de 2.250 para 6.399. Durante este período, a taxa média de juros também registrou um aumento expressivo, subindo de 44% para 58,4% ao ano, o que levanta preocupações sobre o impacto nas finanças dos trabalhadores que utilizam essa modalidade de crédito.
Especialistas alertam que muitos trabalhadores estão contraindo empréstimos sem entender as consequências financeiras que isso pode acarretar. A falta de informação sobre o comprometimento da renda mensal pode levar a dificuldades financeiras significativas, especialmente quando as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento. A simplificação no acesso ao crédito, facilitada pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital, tem atraído um número crescente de tomadores, mas também suscita riscos de endividamento.
Com o aumento do número de concessões, a taxa de inadimplência começou a cair, o que pode indicar uma melhora na saúde financeira de alguns trabalhadores. No entanto, o uso do FGTS como garantia para esses empréstimos e a falta de educação financeira podem deixar os beneficiários em situações vulneráveis. É essencial que os trabalhadores estejam cientes de que o crédito é uma antecipação de renda futura e que suas finanças devem ser geridas com cautela para evitar complicações.


